Archive for the ‘Português’ Category
June 4th, 2011
O filme documentário “À Margem do Xingú – Vozes Não Consideradas” está na seleção Oficial do IV Festival Paulínia de Cinema, que no ano passado gerou 12,5 milhões em midia espontânea! O festival acontecerá entre 06 e 15 de julho na cidade de Paulínia, onde teremos a primeira exibição do filme. Estamos tentando captar recursos para fazer uma distribuição nacional e internacional, entre festivais de cinema, escolas, universidades, ONGs, seminários, em Altamira, em comunidades no rio Xingu, Tapajós e Madeira!
O Filme é uma co-produção Brasil-Espanha, dirigido pelo Catalão Damià Puig e produzido por mim.
“À Margem do Xingu – Vozes Não Consideradas”
Em viagem pelo rio Xingu encontramos inúmeras pessoas, moradores de toda uma vida, que serão atingidos pela possível construção da hidrelétrica de Belo Monte. Relatos de ribeirinhos, indígenas, agricultores, habitantes da região de Altamira na Amazônia, assim como especialistas da área compõem parte deste complexo quebra-cabeça. São reflexões sobre o passado obscuro deste polêmico projeto e que elucidam o futuro incerto da região e destas pessoas às margens do Xingu.
“On the Bank of the Xingu River – The Unheard Voices”
A Xingu river trip unveils in its banks numerous people, who have been living in the region for their whole lives, will be affected by the possible construction of the hydroelectric power plant of Belo Monte. Reports of riparian, indigenous, farmers, inhabitants of the region of Altamira, in the Amazon, as well as specialists in the field are all part of this complicated puzzle that this big enterprise carries within itself. Thoughts that bring to light the obscure past of this controversial project and elucidate the uncertain future of these people and of their surroundings.
Esperamos que esse trabalho que fizemos tenha algum impacto na opinião publica e internacional!
Amanhã será a divulgação oficial com coletiva de imprensa de todos os filmes selecionados!
Se puderem divulgar o link ficamos agradecidos!
Belo Monte não!! Ainda da Tempo!!
January 31st, 2011
Par Rosa Elizabeth Acevedo Marin, UNAMAZ
Elinor Ostrom, a intelectual contemporânea que se associa imediatamente ao debate sobre os Comuns, sublinha a complexidade intrínseca à ação coletiva e de recursos comuns, destacando a importância da realidade local. Sobre essa perspectiva é possível reexaminar as metas, os discursos de vários atores que convergiram para a Conferência Internacional dos Comuns – organizada pelo ICC para a Fundação Heinrich Boll Stiftung. O objetivo destas páginas é elaborar uma reflexão sobre o senso prático deste evento.
Mais de duzentas pessoas provenientes de 29 países, vinculados com universidades, instituições de pesquisa, fundações, ongs, partidos políticos e profissionais independentes (jornalistas, autores, comunicadores, advogados, consultores, bloggers, produtores de cinema) se reuniram nas grandes conferências e nos grupos de trabalho.
Para parte deles o debate sobre os Comuns constitui o eixo de sua atividade profissional e/ou militante; para outros, familiarizados com maior profundidade sobre o tema, consitutui a proposição de uma plataforma de base; para muitos representa uma politização que é identificada na expressão “comuneros” no sentido de afiliação a uma ideia, uma meta e um combate. Quer dizer, a formulação de um projeto futuro centrado nos Comuns, encontrarando uma ‘utopia’ que represente a saída da crise econômica, ecológica e social das sociedades contemporâneas. (more…)
January 29th, 2011
Os Movimentos Sociais de Altamira vêm a público denunciar a manipulação do Governo Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Norte Energia junto à associação dos indígenas moradores de Altamira-PA.
Os povos indígenas de diversas aldeias do médio Xingu mobilizados pela Funai, com apoio logístico da Norte Energia, estiveram reunidos entre os dias 17 e 22 de janeiro do corrente ano, na casa do índio e na Funai para discutir questões relacionadas à saúde e educação nas aldeias. À frente desta reunião estavam indígenas ligados à FUNAI e membros da Norte Energia que, aproveitando de uma demanda legítima desses povos usaram o evento para legitimar ações de seus interesses causando prejuízos aos povos indígenas e interferindo no direito constituído da livre associação das organizações civis e na forma de relacionamento dos índios e de sua cultura.
Os fatos denunciados são os que seguem:
- Apoio logístico da Funai à funcionários e indígenas favoráveis ao projeto de construção da barragem de Belo Monte;
- Convocação de uma reunião da Associação dos Índios Moradores de Altamira (AIMA) assinada por uma funcionária da Funai;
- Destituição da Diretoria da AIMA de forma ilegal e autoritária nesta mesma reunião convocada pela Funai:
- Coação de Lideranças Indígenas contrários a Barragem;
- Cooptação das comunidades indígenas através de doações de cestas básicas;
Diante do exposto repudiamos e denunciamos as ações e iniciativas da Funai e Norte Energia que expõem os povos indígenas a uma série de ameaças ao mesmo tempo em que enfraquece suas organizações provocando atritos entre os mesmos e pondo em risco a vida de algumas lideranças.
Assinam esta carta:
CIMI – Conselho Indigenista Missionário;
CPT – Comissão Pastoral da Terra;
MAB/Via Campesina – Movimento dos Atingidos por Barragens;
MXVS – Movimento Xingu Vivo para Sempre;
Consulta Popular/Altamira;
MPA/Via Campesina – Movimento dos Pequenos Agricultores;
UJOX – União da Juventude Organizada do Xingu;
AITESAMPA – Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Pará;
AIMA – Associação dos Índios Moradores de Altamira;
APIJUX – km – 17 – Associação do Povo Indígena Juruna do Xingu;
Comitê Metropolitano Xingu Vivo para Sempre;
Pastoral da Juventude;
Pastoral da Juventude Rural;
ABEEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal/Via Campesina;
FEAB – Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil/Via Campesina;
via Nota aos Movimentos Sociais: Funai vem manipulando associações indígenas no Pará.
October 31st, 2010
A Avó Grilo: O mito da dona da água | BRASIL de FATO.
Animação sobre a privatização da água na Bolivia.
Esta é uma história que é contada milenarmente pelo povo Ayoreo, da Bolívia
Abuela Grillo from Denis Chapon on Vimeo.
Abuela Grillo from Denis Chapon on Vimeo. (more…)
October 6th, 2010
V ENANPPAS – Florianopolis, entre 4 e 7 outubro
Discussão sobre Sistemas de Uso Comum de Recursos Naturais nesses 10 anos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade.
Coordenadores:
Dra. Rosa Elizabeth Acevedo Marin (UFPA)
Dr. Nazareno José de Campos (UFSC)
Msc. Maria Betanha Cardoso Barbosa (UEPA)
Debatedoras:
Dra. Cynthia Carvalho Martins (UFMA)
Dra. Erika Matsuno Nakazono (UFPA)
Os sistemas de uso comum de recursos naturais ganharam espaço de discussão, a partir da Tragédia dos comuns, de Hardin (1968), a qual considera que o uso comum, em espaços de livre acesso, decretaria o fim “dos comuns”, devido ao caráter maximizador de um “usuário”. Contribuições teóricas mais otimistas sobre o uso de recursos comuns, posteriores, conseguiram identificar o sucesso na gestão coletiva de bens comuns, a partir da elaboração de regras geradas para garantir o acesso a todos, seguindo um compartilhamento de valores. Ostrom (1998) apóia-se em regras e normas criadas a partir de instituições, que servem para coibir e/ou aplicar sanções aos indivíduos que venham extrapolar a dinâmica social pré-estabelecida pelo grupo, como um modelo de comportamento social ético. Atualmente, no Brasil, experiências ou práticas tradicionais apontam o uso comum de recursos nas diversas regiões do país. Desta forma, torna pertinente nesses 10 anos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade, trazer a discussão sobre Sistemas de Uso Comum de Recursos Naturais, dada as atuais complexidades de natureza social, cultural, econômica que envolvem Sociedade e Ambiente no Brasil, principalmente no sentido de garantir debates sobre o uso coletivo do território e de recursos naturais que caracterizam diversas populações tradicional.
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May 22nd, 2010
Apareceu finalmente hoje (21/4), conforme se previa, a primeira versão pública do ACTA — o acordo internacional de restrição às trocas culturais e científicas que dezesseis países negociam em sigilo, desde 2007. Nas últimas semanas, a pressão da sociedade civil tornou impossível manter a trama encoberta. Numa época em que centenas de milhões de pessoas acostumaram-se a compartilhar ideias e bens imateriais pela internet, o acordo previa, nas versões sigilosas que vazaram, excluir da rede usuários que trocassem arquivos musicais; proibir os medicamentos genéricos; autorizar as policias alfandegárias a vasculhar notebooks e celulares, em busca de arquivos “não-autorizados”.
via ACTA: recuo, eufemismos e alternativas.
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February 12th, 2010
FRANCAIS
“Réclamons le commun! Les besoins de base étant des biens communs, ils devraient être accessibles à tous, à savoir que l’accès libre à la terre, aux semences, à l’eau et à l’air non pollué est indispensable. Plus jamais de brevets sur la vie. Le savoir, la technologie et la recherche doivent également faire partie du commun, autant qu’un système de transport local gratuit et que le libre accès à tout autre bien de base d’intérêt général. Il faut stopper net toute tentative de privatisation des propriétés publiques, et renverser la tendance à démunir le domaine public. Il faut défendre le système de la sécurité sociale et l’élargir ; et une politique concrète doit satisfaire les besoins de logements des pays du Sud et du Nord.”
Extrait de la déclaration de Bruxelles par la CONFÉRENCE INTERNATIONALE SUR LES ALTERNATIVES ET LES VOIES DE TRANSFORMATIONS POSSIBLES POUR VAINCRE LE RÉGIME DU CAPITALISME EN CRISE issue d’une rencontre organisée à Bruxelles, en Octobre 2009, par la Fondation Rosa Luxembourg, le Trans National Institute et le Forum Mondial des Alternatives. Ce document est disponible dans les principales langues.
Télécharger la déclaration et les débat de la conférence
ENGLISH
“Reclaim the commons! Basic needs should be available as common goods, that is, there should be essentially free access to land, seeds, water, and unpolluted air. There must be no more patents on life. Knowledge, technology and research should also be part of the commons, as well as free local transportation systems and free access to all other basic goods of general interest. Any attempt to privatise public property has to be stopped, and the trend of selling out the common sphere has to be reversed. Public social security systems must be defended and extended, and concrete policies have to respond to housing needs in the South and North.”
In the BRUSSELS DECLARATION OF THE INTERNATIONAL CONFERENCE “THE WORLD CRISIS – AND BEYOND: ON ALTERNATIVES AND TRANSFORMATION PATHS TO OVERCOME THE REGIME OF CRISIS-CAPITALISM”, 28 OCT. – 1 NOV. 2009, organised by Fondation Rosa Luxembourg, le Trans National Institute et le Forum Mondial des Alternatives. This document, as well as a synopsis of contributions of the participants and the Report of the Conference, is available in all major world languages.
Download the declaration and the debate in the conference
February 12th, 2010
Desde : http://www.fbes.org.br/
10 de fevereiro de 2010, Coordenação Executiva do FBES
Estamos procurando organizações ou empreendimentos territoriais no Brasil que trabalhem no campo da comunicação comunitária e em Economia Solidária, para prepararmos um projeto de cooperação entre o FBES e a associação internacional de rádios comunitárias, com o objetivo de buscar avançar na inter-comunicação entre rádios, buscando o avanço na articulação entre comunicação comunitária, sustentabilidade, economia solidária e bens comuns.
Se houver interesse, pedimos por favor o envio de um e-mail, até no máximo o dia 15 de fevereiro, para forum@fbes.org.br com as seguintes informações:
- Nome da iniciativa e das organizações envolvidas
- Qual o território de abrangência desta iniciativa?
- Quais as principais atividades realizadas por esta iniciativa em comunicação comunitária e economia solidária?
- Qual o público beneficiado (ou seja, quem e quantos acessam estas atividades? por exemplo: agricultores familiares, mulheres, comunidades e povos tradicionais, jovens, etc)
June 22nd, 2009
José Correa Leite,
Fev 2009
O “Chamado à recuperação dos bens comuns” apresentado ao Fórum surgiu de uma proposta de Chico Whitacker, apoiada por um conjunto de organizações brasileiras fundadoras do FSM, a partir da constatação de que este é um fio condutor central para qualquer resposta progressista à “crise de civilização” que vivemos.
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